Páginas

Amanda e a minha nostalgia

Num belo dia durante as minhas férias em Caldas Novas - GO, estava na piscina conversando uma senhora que puxou assunto comigo e com a minha mãe. A senhora não será o foco aqui, mas sim a garotinha que estava do meu lado e ouviu a nossa conversa sobre quando eu fraturei o nariz alguns anos antes, exatamente naquela piscina (sim, eu fraturei o nariz na piscina, você não leu errado). Não demorou mais de dois minutos para a garota Amanda, com seus 10 longos e experientes anos de vida, me encher de perguntas sobre o ocorrido, como eu fiz aquilo (longa história), se doeu (muito!), etc. Ah, e claro que aproveitou para contar que já tinha quebrado o braço, torcido os dois pés ao mesmo tempo (ela pulou em cima de uma bola) e que não gostava da madrasta chata que tinha.

Enquanto conversávamos, um sentimento totalmente nostálgico surgiu em mim. Aquela garotinha me fez sentir como se estivesse olhando para um espelho, só que no reflexo eu era um pouco mais nova que ela. Assim como a Amanda, desde pequena fazia amizades com facilidade num meio estranho. Queria conhecer as histórias das pessoas, compartilhar as minhas (e muito, pelo fato de que sempre falei mais que a língua huehuehue), e tentar entender um pouco mais do mundo ao meu redor. Gostava de falar com gente que na época tinha a minha idade atual, mas não queria que me tratassem como uma criança, e sim como alguém com poucos anos a menos que eles. A diferença de idade de seis anos não parecia ser tão grande assim.

Agora quando paro para refletir, percebo o tanto de coisas que mudou em tão pouco tempo. A Vitória do ano passado não é a mesma desse ano, um pouco na parte física, mas principalmente mentalmente. Muito menos a de três, quatro, seis anos atrás. A noção de mundo, e o conhecimento próprio são os que mais se alteraram. Passei de uma garota que fazia amizades com todos que via, para uma mais reservada. De alguém que não gostava de Português porque achava a professora chata, para alguém que agora escreve sobre o que gosta num blog (e ama a professora e a matéria!). Grande parte das mudanças vem para o bem, e o que importa é estarmos dispostos a aceitá-las, não é?!

Ps: um beijo para todos os amigos que fiz e que ainda vou fazer ao conversar sobre um assunto qualquer!

Um comentário